quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Luna, olha o mar!



Olha o mar!

Ontem fui à praia. Praia da Enseada no Guarujá – Litoral de São Paulo, um gigantesco quintal a céu aberto! Quis sair cedinho de casa para poder meditar e trazer a meu coração, instantes de felicidade. Na calma da caminhada, revistei algumas preciosas pérolas, uma delas, entre as lembranças tantas, nos sorrisos, no carinho e no vai e vem da vida estava comigo quieta, silenciosa a passos curtos.
Querida teu sorriso tem o jeito do infinito e está me dominando à medida que as horas chegam... “Luna”, A musa inspiradora de meus anseios, pensamentos e ações!
O dia em que nos encontramos eu dei as costas a você! Não quis nem por um instante compreender que podíamos nos amar tanto... Só sei que a vida foi me tirando as máscaras do medo, da insensibilidade, dos extremos de minha completude. Após alguns dias, meses, fui me entregando, me apaixonando e me deixei levar por sua generosidade e lealdade.
Construímos uma história divertida, com ciclos permanentes e momentos inesquecíveis... 
- Vem aqui, Luna! Ainda posso te abraçar com a ternura que você me ensinou... Homens ternos, o termo “ternura” não parece ser algo natural, num mundo tão brutalizado e que ainda respira, o machismo descomedido e bestializado, do próprio ser homem. Vem, deita aqui comigo, vamos olhar o mar.
Esses teus olhos, por ora tristes. Teus lábios que insistem em evocar, as dores da alma.  Tudo em você me dá um desespero.... Onde dói Luna? Me diz!! Está vendo aquele horizonte, sim, aquele lá longe.... É para lá que você vai.... Um dia tudo termina. Cessa a vida, retornamos a algum lugar no infinito.  O que resta a nós é apenas a espera. Todos anos celebramos nossas primaveras, mas quando as estações se esvaem, ficam as lembranças.
Se tivesse o dom da vida e pudesse mudar tudo, sabe o que eu faria? Abriria os braços no dia que você chegou e te daria muito, muito mais...  O dia que você ficou incomodada com aquela ferida teria te levado a outro veterinário. Sinto muito, Luna!
Sua dor é minha dor.
Meu coração ainda bate forte junto ao seu, nesta tarde de silêncio e reflexão.
A Terra está se renovando todos os dias, não há mais nada a fazer... O momento exige resiliência e esperança para os dias que virão.
Outras chances surgem, e lembranças serão as nossas maiores conquistas! Tudo é uma questão de apreciar a vida com determinação de que nada, absolutamente nada neste mundo durará para sempre. A eternidade Luna é este instante, que ainda estamos aqui abraçados, olhando o mar.
Autora: Márcia Guedes



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